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É com muito orgulho que apresentamos o segundo episódio do 2º Capítulo do projeto de Storytelling do Café Memória pela Nave16. São mais duas das doze entrevistas com alguns dos técnicos e voluntários do Café Memória.

As entrevistas foram feitas pela embaixadora do projeto, Luísa Castel-Branco e por um membro da equipa Nave16.

É com muito orgulho que apresentamos o segundo episódio do 2º Capítulo do projeto de Storytelling do Café Memória pela Nave16. São mais duas das doze entrevistas com alguns dos técnicos e voluntários do Café Memória.

As entrevistas foram feitas pela embaixadora do projeto, Luísa Castel-Branco e por um membro da equipa Nave16.

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Em baixo pode ler a transcrição completa das entrevistas.


Entrevista

Catarina Alvarez - técnica

Isabel de Sousa - técnica

Entrevista

Catarina Alvarez - técnica

Isabel de Sousa - técnica

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Luísa - Como é que se chamam?

Isabel - Isabel de Sousa.

Catarina - Catarina Alvarez.

L - As duas estão aqui a ser entrevistadas ao mesmo tempo porque é tudo por causa de vocês, o Café Memória?

I - Sim, é mais por causa da Catarina mas sim, por causa das duas.

C -  Não. Não é por causa da Catarina, é muito por causa desta dupla mas não é só e quanto mais o tempo passa, é por causa de muita gente. Um dos benefícios deste projecto foi exactamente ao longo dos anos ter tantos profissionais absolutamente dedicados a tornar o dia das pessoas com demência melhor, em variadíssimos pontos do país, voluntários incríveis com percursos e idade completamente distintos, pessoas que temos adorado conhecer, os parceiros que também tornam este projecto possível e finalmente os participantes, portanto nós somos aqui pecinhas da engrenagem.

L - Mas estás a ir para o fim, mulher. Tu estás a ir a correr e eu quero que venhas ao princípio. Tu um dia acordaste e pensaste “ah, que engraçado, vou fazer um café para estar com as amigas e vou-lhe chamar Memória”, não foi assim?

C - Não, para já acordaram-me a mim.

L - Não queremos entrar propriamente na tua intimidade e saber quem é que te acordou. Mas valia a pena?

C - Valia muito a pena, foi a Elsa - que a Luísa já conhece - que me acordou, portanto, que me desafiou para adaptar o conceito Memory Cafe para Portugal e eu obviamente respondi que sim.

L - Mal sabendo a dor de cabeça que era.

C - Mal sabendo… aliás agora até é difícil de me lembrar do que é que eu sentia na altura porque é mesmo difícil. Mal sabendo mas de maneira muito entusiasta, agarrei no desafio e basicamente pus-me ao caminho. Quando estava a pensar no que dizer nesta entrevista lembrei-me de um momento particularmente importante que foi ter ido a Devon em Inglaterra, conhecer um Café Memória ao vivo e a cores - na altura não fazia ainda muito ideia do que seria - e tentar perceber o que é que se passava no Café Memória. E foi fundamental porque eu tenho a certeza que hoje nós fazemos aqui em Portugal aquilo que eu encontrei em Inglaterra. Que é um espirito de ambição, um ambiente informal, eles têm chávenas de chá e nós temos chávenas de café, gente dedicadíssima e o formato muito informal, não é preciso ser cientista de aeronaves para perceber para que é que serve um café memória.

L - Mas isto estamos a falar há quantos anos.

C - Estamos a falar ainda em Janeiro de 2012. Já passaram 7 anos.

L - Mas isto tem a ver com a vossa formação também?

C - Também tem a ver com a nossa formação. Quando a Elsa me contactou, apesar de já me conhecer pessoalmente, contactou-me porque sou psicóloga e tenho formação na área da neuropsicologia clínica, aplicada ao idoso e portanto ela achou que eu poderia ser a pessoa indicada para pensar neste projecto e trabalhá-lo. E a Isabel tem a mesmíssima formação.

L - Andavam as duas na escola?

I - Já tínhamos terminado na altura ou estávamos prestes a terminar o mestrado ou o estágio profissional, uma coisa assim.

L - O que é que duas pessoas, que são seguramente diferentes, o que é que vos leva a escolher esta área de trabalho na especificidade de trabalhar com a terceira idade?

C - Bom, a verdade é que eu fui para a psicologia já numa segunda fase da minha vida e aquilo que me levou à psicologia foram os cuidados paliativos. Portanto, apesar de muitas pessoas acharem que o tema é muito difícil, a mim sempre me cativou esta coisa do processo de morrer e do envelhecimento.

L - Não achas difícil?

C - Acho difícil mas fascinante. Por isso é que me meti num segundo curso e fui fazer psicologia.

L - E a Isabel?

I - A psicologia também é uma segunda formação para mim e eu fui para psicologia porque já queria ter feito psicologia como primeira formação mas na altura não deu. Naquele ano decidi que era agora. E a minha ideia sempre foi de clínica, tinha uma ideia muito clara do que é que queria, como, porque me fascinava o processo de crescimento das pessoas e como é que eu podia ajudar nisso. Nunca tive, mesmo na área que eu trabalhava anterior, eu era assistente social, nunca tive uma área de eleição. Eu trabalhava com crianças, com idosos… Depois como a Catarina disse, abriu o mestrado em neuropsicologia, fiquei ali um bocadinho dividida se continuava com a ideia de ir para clínica ou para neuropsicologia e na altura acabei por decidir mais impulsivamente e por intuição do que racionalmente e calhou que o mestrado era aplicado ao idoso portanto eu fui um bocadinho conduzida para esta área. Na verdade hoje não me vejo a trabalhar com outro público.

L - A minha dúvida sobre as pessoas que trabalham nestas áreas é porque têm medo da morte, é porque não têm medo da morte ou porque têm perguntas?

C - Acho que as nossas respostas são diferentes.

I - São, são.

C - No meu caso, é por não ter medo da morte ainda que seja uma coisa um bocadinho esquisita de dizer.

L - Mas é uma questão de fé?

C - Não, de todo. É uma questão de ciclo de vida, é uma questão de percurso, é uma questão de caminho.

L - É uma questão racional, isto é, nascemos, crescemos, morremos.

C - Tem esse lado racional e depois tem as emoções deitadas para cima disso tudo, que é a vida. E portanto aquilo que me faz sentido é que as pessoas tenham oportunidade de viver uma vida e de terminar uma vida da forma como viveram o resto. Eu li uma vez uma frase muito bonita que é as pessoas terem oportunidade que a última folha do livro delas seja coerente com todo o resto da história. É isso que eu gosto de fazer, ajudar as pessoas a ter coerência no fim de vida, que faça sentido tudo o resto.

L - E a Isabel, é medo, é pesquisa, é o quê?

I - É um bocadinho diferente da Catarina, ainda que não tenha medo de falar sobre a morte e falamos muitas vezes, tenho imenso medo de morrer. É o meu grande medo, mais a minha morte do que a das pessoas que me rodeiam.

L - A coisa que eu mais gosto em entrevistar pessoas é a diversidade de cada ser humano. Vocês as duas fizeram o percurso junto, são amigas há não sei quantos anos, iniciam este projecto e contudo têm perspectivas diferentes. Voltemos ao Café Memória. Portanto, o Café Memória começa em 2012?

I - Em 2013.

L - 2013?

C - Espere, abre portas em 2013 e começa ainda antes de 2012 com a ideia da Elsa, depois começa-se a construir a partir de 2012 e abre portas em 2013.

L - E aí, quando abrem portas já procuraram patrocinadores?

C - Já.

L - Porque sem o pilim a gente não consegue fazer nada.

I- Claro.

L - E este criação e manutenção bicéfala tem sido fácil?

I - Tem, já passámos por várias fases ao longo deste processo mas tem.

L - Por outro lado deve ser muito bom ter alguém com quem dialogar.

C - Eu ontem estava a fazer o registo escrito desta entrevista e uma das perguntas era um dos aspectos ou momentos e evidentemente é esta possibilidade de partilhar tudo. Nós vivemos muitas vezes na corda bamba, o microfone avaria ou falta a máquina do café e nós jogamos no improviso, olhamos uma para a outra e surge logo o plano B e o plano C e é muito diferente de fazer as coisas sozinha.

I - Eu acho que isto tem resultado muito por isto, e às vezes quando vemos isso noutras equipas também, porque nós temos muita cumplicidade mesmo durante as sessões e na animação das sessões. Também nos conhecemos há muitos anos e nos conhecemos muito bem e às vezes basta olhar uma para a outra.

L - Vocês são uma ode a uma coisa que está a desaparecer que é a amizade, no conceito antigo de amizade. Daí os nossos pais terem amigos uma vida inteira e hoje a amizade ser tão descartável, chamamos amigos a quem vimos 2 vezes. A palavra foi adulterada. Este processo todo do Café Memória é um processo vencedor?

C - Tem sido.

L - Porque as pessoas todas que eu entrevistei são tão agradecidas.

C - Mas eu acho que nós também somos agradecidas, nesta reflexão que tenho feito a propósito do Café Memória, se calhar é das primeiras coisas que eu sinto é gratidão. É gratidão por alguém me ter envolvido nisto, é gratidão por ter também apanhado a oportunidade e ter pedido também à Isabel para ajudar. Porque nós damos qualquer coisinha de nós, com certeza que damos, quando estamos nas sessões, quando queremos que abra mais um Café Memória, quando às vezes são muitas horas de trabalho… mas aquilo que as pessoas nos dão, francamente, o retorno é brutal.

L - E é compatível com outro trabalho? É compatível com uma área profissional de cada uma?

C - É assim, eu ainda consigo fazer um bocadinho de clínica, ou seja, faço dois meios dias numa instituição em que acompanho pessoas mais velhas mas isso acontece porque eu na minha visão trabalho todos os dias da semana. Até o meu carro tem um autocolante do Café Memória, foi uma coisa que se me colou à pele, portanto, eu não tenho propriamente horários, ando pelo país fora a contactar as equipas, a formar voluntários.

I - Sim e para mim também. Eu trabalho a tempo inteiro para a Alzheimer Portugal, o Café Memória é uma das coisas que eu faço, faço outras.

L - Eu nunca tinha ouvido falar do Café Memória e tenho falado com muitas pessoas que também nunca ouviram falar. Eu continuo a achar que na sociedade, tudo o que tem a ver com o foro mental tem uma conotação de vergonha colada. Há um estigma associado, as pessoas fecham-se e não falam nisso. Vocês sentem isso?

I - Todos os dias.

C - Exactamente, aliás, acho que esse é outro lado da nossa missão, estar a partir o estigma, a desconstruir o preconceito, todos os dias e a toda a hora. As pessoas têm medo, muito medo e o medo também provoca estigma, afastamento, rejeição. Não são um conjunto de doenças tratáveis, implicam alterações de comportamento para além das alterações cognitivas, alguns dos sintomas são parecidos com outro tipo de doenças mentais, tipo esquizofrenia e portanto as pessoas têm muito medo.

L - Eu já percebi que há a demência do Alzheimer, há a demência da idade, há várias formas de demência mas seja como for, é algo verdadeiramente assustador. Há muitos casos e corrijam-me caso esteja enganada mas uma pessoa de um dia para o outro passa para o lado de lá.

I - Não é de um dia para o outro, pelo menos na grande maioria das demência é um processo progressivo que se vai instalando com pequenos sinais. Muitas a própria pessoa acha que está mais cansada, quem está à volta assume que se calhar é da idade, a pessoa está mais cansada ou mais ansiosa, que isto passa, não é nada foi só um episódio. Muitas vezes os familiares, os cuidadores depois do diagnóstico, depois da doença instalada muitas vezes olham para trás e dizem “não, afinal aquilo que aconteceu naquele altura, anos antes do diagnóstico já eram pequenos sinais.

L - Para uma pessoa que está em demência já muito avançada, o médico explicava-me que a pessoa está bem, está do lado de lá. Quem ama, quem está do lado de cá é que está a sofrer.

C - Eu não tenho bem essa visão. Acho que todas as pessoas com demência vivem as coisas de forma diferente e todos os cuidadores também portanto não vamos generalizar aquilo que não é generalizável. As pessoas com demência a partir de determinada altura têm dificuldade em expressar-se, isso não quer dizer que não sintam e nós desconhecemos ainda muito sobre aquilo que é o lado de lá do pano.

I - Se é que há um lado de lá, eu também não sei.

L - Mas isto tudo para perguntar, tem sido um caminho muito difícil para vocês mesmo com o vosso curso, mesmo com gostarem e estarem especializadas na terceira idade, os casos todos que vos têm passado pela mão, deve ser muito difícil. Aquela rapariga que eu entrevistei que o marido faleceu, eu saí de rastos…

C - É curioso, nós podemos olhar para isto de duas formas diferentes. Ela teve um percurso dificílimo, muito desafiante, vimo-la muitas vezes chorar e desesperar mas ao mesmo tempo, ela concretizou uma séria de coisas por ter assumido e ter mergulhado de corpo inteiro nesta coisa de ser cuidadora do marido, foi alguém que se tornou activista desta causa, deixou ter medo de se expor e quando foi preciso foi falar à televisão e à rádio. Não falhava as nossas sessões, trazia o marido, o marido é uma pessoa que nós trazemos no coração para sempre. É difícil neste aspecto que é muito emotivo mas nós conseguimos ou temos conseguido encontrar um sentido nisto.

I - Eu vejo isto assim, para nós toca-nos e é emotivo para nós ver o processo e o Café Memória já fez 6 anos, portanto há mais de 6 anos que vamos acompanhando a vida destas pessoas e isso toca-nos. Não é uma relação meramente profissional, estas pessoas são nossas amigas, é como se fizéssemos parte de uma família e quando parte um membro da família custa a toda a gente. Ainda assim há um bocadinho de distância, nós acompanhamos as situações, emocionamo-nos muitas vezes com o que vai acontecendo na vida das pessoas mas não deixa de haver um bocadinho dessa distância.

L - Essa distância é dada pela vossa formação?

I - Sim e com o envolvimento até, ou seja, não é a minha mãe, não é o meu pai. Pela minha experiência de acompanhar também cuidadores em apoio psicológico, de acompanhar as próprias pessoas com demência em intervenção cognitiva. Quando eu digo que trabalho nesta área e as pessoas dizem “ah, isso deve ser muito difícil”, eu não vejo isso assim, para mim não é nada difícil. Porque não é um dos meus. Não foi numa situação de demência mas quando o meu pai ficou doente e eu tive de cuidar dele, eu senti na pele tudo aquilo que vi os outros cuidadores passar e quando nos toca parece mais difícil.

C - Eu tenho por um lado a visão da Isabel, por outro lado, nós temos aqui um papel muito específico a desempenhar e se nós fossemos arrastadas pelas emoções de quem recebemos no Café Memória, nós não conseguimos desempenhar o nosso papel.

L - Café Memória, são tantas memórias para partilhar, que é verdadeiramente impressionante. Eu que não sabia o que era, aprendi com os cuidadores, como é óbvio e com os voluntários. Fiquei impressionada com aquele rapazinho muito pequenino que andava lá a ajudar, fiquei fascinada com a interacção, os jogos, as conversas. Fiquei fascinada e absolutamente comovida com os cuidadores que levam pessoas com demência e entrevistá-los foi verdadeiramente difícil porque a pessoa com demência diz uma coisa e o cuidador dizia que não era nada daquilo, era outra completamente diferente e a senhora continuava a sorrir das várias vezes e eu pensava meter-me num buraco e a pensar o que é que eu hei-de perguntar que faça sentido mas não é suposto fazer sentido.

C - São sentidos diferentes.

L - Isto é uma grande dose de realidade e no fim de contas vocês estão a fazer um trabalho verdadeiramente extraordinário. Estando eu a viver isso, estando exactamente a passar por uma situação destas acho este trabalho impressionante. Se não tenho grandes perguntas para fazer sobre o Café Memória é que eu não me interessa muito conversar com vocês (risos) mas interessou-me imenso conversar com as pessoas que usufruem do Café Memória… e estão-me a vir as lágrimas aos olhos, que não é suposto e percebo perfeitamente. Desculpem… eu só lá fui entrevistar e parecia que estavam a falar para mim.

C - Há uma coisa neste projecto que tem a ver com a autenticidade, isto é super simples de fazer. Basicamente a gente encontra-se uma vez por mês, conversa um bocado, partilhamos experiências, uma fatia de bolo, um café… são gente e é autêntico.

L - Isto não pode ser, já chorei em televisão em todos os canais agora chorar numa gravação, por amor de Deus. Caríssimas amigas, peço desculpa.

I - Não tem mal, isto é uma das coisas com que nós lidamos no nosso dia-a-dia no trabalho.

L - Pois, vocês têm de ser muito especiais. E querem dizer mais alguma coisa que eu não tenha perguntado?

C - Eu achei que foi tudo a correr, são 6 anos ou mais aqui condensados aqui nuns minutos a falar com a Luísa. Eu só espero, e acho que isso é mesmo possível, que continuemos a fazer este trabalho. Nós costumamos brincar e dizer que o que nos custa mais, o maior desafio, é acordar de manhã. As nossas sessões do Café Memória são mais cedo do que outras, nós começamos às 9 portanto temos de estar às 8:30 nos sítios e custa-nos mas a partir do momento em que nós chegamos deixou de custar, as pessoas chegam, a coisa acontece.

L - Há tão poucas pessoas que fazem o que gostam, é uma grande felicidade.

C - É isso, olhe ainda bem que ainda tivemos mais este bocadinho porque é exactamente isso, nós fazemos aquilo que gostamos.

L - E fazer o que se gosta e ainda ajudar os outros, é ainda melhor.

I - Às vezes não temos bem noção e falamos isso muitas vezes também, isto é tudo tão a correr, nós temos tanta coisa para fazer que muitas vezes não temos tempo para parar, apreciar e dar graças também por aquilo que fomos construindo ao nestes 6 anos. Às vezes não temos noção, e eu sinto-me muito grata por isso e é um factor de realização pessoal e profissional, saber e ter a certeza de que o trabalho que eu faço faz a diferença na vida das pessoas.

L - Falta… não é só vocês que vou perguntar isto mas vamos lá ver, quantos Cafés Memória já há?

C - 19.

L- Têm trabalhado bem as meninas

I - Não somos nós que fazemos todos.

L - (Risos) Bem, a não ser que nosso senhor vos tivesse dado o dom da ubiquidade ou um aviãozinho particular. E o “Faz-te à estrada”, como é que é?

C e I- Café Memória Faz-se à Estrada.

L - Saiu quase certo, extraordinário.

C - Em relação ao Café Memória faz-se à estrada, a coisa nasceu de um telefonema com a Anabela Salgueiro…

L - Você e os telefonemas. (Risos)

C - Eu trabalho ao telefone, isto é mesmo verdade. Foi num telefonema com a Anabela Salgueiro da Gulbenkian em que às tantas estávamos a perceber que o Café Memória de facto tinha crescido muito mas cresce no litoral, menos no interior, menos no sul. Como é que nós conseguíamos quebrar estas assimetrias que existem no país? E de repente ela lembra-se das bibliotecas itinerantes da Gulbenkian e de repente 2 + 2 são 4 e é fácil. A Regina não vai dizer que é assim tão fácil porque depois é mais complicado no dia-a-dia realizar estas sessões mas foi assim, foi muito rápido.

L - Então adeus, até à próxima.

C e I - Adeus.

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