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É com muito orgulho que apresentamos o quinto episódio do 2º Capítulo do projeto de Storytelling do Café Memória pela Nave16. São mais duas das doze entrevistas com alguns dos técnicos e voluntários do Café Memória.

As entrevistas foram feitas pela embaixadora do projeto, Luísa Castel-Branco e por um membro da equipa Nave16.

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Em baixo pode ler as transcrições completas das entrevistas.


1ª entrevista

Sofia Valério - técnica

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Há quanto tempo trabalha ou está envolvido/a com o Café Memória?

A Misericórdia conhece o Café Memória e foi acompanhando o seu percurso, quase desde o início, com muito interesse. Isto porque desde 2012 esta instituição tem um projecto que se chama “conviver com as demências” e logo desde o início desta intervenção especializada com pessoas com demência e seus cuidadores, em contexto de respostas sociais para pessoas idosas desta instituição, considerou-se prioritária uma intervenção que incluísse as famílias, que apoiasse ao nível de informação e sensibilização em áreas específicas relacionadas com a demência. A equipa técnica foi apostando muito nestas sessões que eram de esclarecimento e de formação para cuidadores formais e cuidadores informais. O Café Memória, um protocolo que assinámos em 2016, foi uma possibilidade de ampliarmos a intervenção para a comunidade de Almada, portanto, sairmos do público das respostas sociais que são as ERPI, os centros de dia, o serviço de apoio domiciliário e transpormos estas fronteiras e podermos oferecer ao concelho de Almada um ponto de encontro para pessoas com problemas de memória, com demência e seus cuidadores num acesso gratuito, com sessões estruturadas, num modelo que reconhecemos logo desde cedo como um modelo de sucesso.

Por que decidiu associar-se a este projeto? Qual a missão do Café Memória?

Associámo-nos a este projecto porque nos fez muito sentido enquanto instituição que não era especializada nestas áreas, embora as equipas fossem participando em acções de formação para elas próprias se capacitarem e poderem abordar estes temas, fazer uma parceria com a Associação Alzheimer Portugal era concedermos uma chancela e um carimbo de qualidade para podermos intervir com estes públicos tão específicos e a missão do Café Memória é uma missão que se alia à missão da Santa Casa da Misericórdia de Almada, que é disponibilizar respostas e serviços que contribuam para o bem estar das pessoas, no nosso caso pessoas na área da infância, na área das pessoas idosas e na área das famílias.Como se desenrola cada sessão?

Como se desenrola cada sessão? Qual o seu papel/ que funções desempenha?

Julgo que como acontece em todo o país, embora acredite que nos outros Cafés Memória existam especificidades que têm a ver com as relações que se vão desenvolvendo entre as equipas técnicas e o serviço de voluntariado que suporta este tipo de projecto e também o público que vai estando connosco. Nós temos algumas especificidades que já tivemos oportunidade de ver nas nossas reuniões de equipa, a ordem de servirmos o catering, do orador falar, temos aqui se calhar algumas diferenças mas em traços gerais tudo funciona tal e qual. São sessões que se desenrolam durante duas horas em que na meia hora prévia a equipa voluntária se encontra com a equipa técnica e parecemos formiguinhas para transformar um espaço que não está logo preparado para o efeito e portanto tem que ser adaptado em meia hora para receber o público, depois recebemos o público. Vamos tendo muitas pessoas, em três anos de funcionamento temos pessoas que já são habituais e que já conhecem o “seu” voluntário ou a “sua” voluntária e preferem ficar ao pé das “suas” pessoas, temos pessoas que aparecem uma vez na vida e nunca mais voltamos a ver e já tivemos pessoas que nos trouxeram apontamentos dos vários Café Memória que foram visitando, temos pessoas que vão de férias e procuram o Café Memória mais próximo da zona onde passam os tempos livres, temos tido aqui um bocadinho de tudo. Em termos dos papéis na equipa, temos os papeis distribuídos. A nível da escolha dos oradores, é muito a minha função, a par com a restante equipa técnica - nós somos quatro pessoas nesta equipa técnica - eu tenho um perfil que me leva a escolher determinadas pessoas com determinadas características e a terapeuta ocupacional que me acompanha na elaboração do plano de acção escolhe mais as pessoas que têm a ver com a área cientifica, com a área da demência. Enquanto eu tento trazer pessoas que possam realmente chamar mais gente e que possam elas próprias ser embaixadoras desta área das demências, que tanto precisa em Portugal de ter aqui um enfoque grande e chamarmos mesmo a atenção para este tema. Portanto por vezes vamos buscar pessoas que têm alguma ligação política ao assunto, que têm visibilidade, já tivemos escritores por exemplo, que nos trazem às vezes a sua própria história enquanto cuidadores, o seu olhar às vezes filosófico sobre as vivências que se vão desenvolvendo entre mães e filhas, pais e filhos, avós e netos e depois obviamente que temos pessoas na área da terapia ocupacional, médicos neurologistas, psicólogos, temos tido um bocadinho de tudo, na área do serviço social também, na área jurídica e portanto os nossos planos de actividade têm esta particularidade, vamos misturando um pouco para que realmente consigamos e temos conseguido ter sempre anos muito ricos.

O que é mais desafiante no seu trabalho enquanto técnica? O que sente no fim de cada sessão?

Em relação ao que é mais desafiante enquanto técnica e o que se sente ao fim de cada sessão, eu convido mesmo todas as pessoas que nunca foram a uma sessão do Café Memória a irem porque não precisamos de ser familiares de pessoas com demência, a demência é neste momento um dos grandes temas do século XXI e portanto temos que estar inteirados porque se não temos ninguém com demência na família, temos com certeza pessoas amigas que poderão ter demência, um vizinho ou vizinha com perdas cognitivas e há uma necessidade de fazermos uma sensibilização nacional ao nível dos cuidados a ter com estas pessoas e trabalharmos em nós esta questão da campanha da Alzheimer Portugal de que temos mesmo obrigação de nos tornarmos amigos na demência. Portanto convido mesmo as pessoas a virem porque aquilo que se sente é o fazer parte, encontrarmos um grupo com um ambiente fantástico onde as pessoas estão de forma descontraída, onde não há preconceitos, ninguém critica ninguém e toda a gente está ali para aprender e para crescer um bocadinho ao nível de um tema que é tão actual.

Que balanço faz do seu envolvimento neste projeto?

O balanço que faço deste projecto é um balanço muitíssimo bom, começando pela equipa que acompanha, que está connosco a monitorizar todo o desenvolvimento deste trabalho, a Isabel, a Catarina que são sempre pessoas muito presentes e é um prazer trabalhar com elas e o balanço é muito bom porque a equipa técnica da Misericórdia cresceu muito por causa do Café Memória, por causa do gabinete Cuidar Melhor, que veio a seguir, que está ainda nos passos iniciais mas que está a fazer o seu caminho e são projectos que é possível as instituições desenvolverem sem perderem a sua identidade. A Misericórdia, não me canso de dizer isto, é uma instituição grande, com história mas é uma instituição que também é tudo o que é graças a relações de parceria que vai estabelecendo e esta é uma parceria de topo e por isso eu, pessoalmente, dou os parabéns a esta iniciativa porque o Café Memória é realmente fantástico e gosto muito de fazer parte.

2ª entrevista

Paula e Francisco Cunha - voluntários

2ª entrevista

Paula e Francisco Cunha - voluntários

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Luísa - Então meu querido, como é que se chama?

Francisco - Frankie.

L - Frankie não é o teu nome.

F - Francisco.

L - Eu adoro “Francisco”! Ó Francisco, então, és voluntário ou não?

F - Sou.

L - Então, podes-me explicar a mim o que faz um voluntário? Já aqui vieste outras vezes?

F - Sim.

L - E o que é que fazes quando vens cá? Comes?

F - Não. Por acaso, sirvo cafés.

L - Serves cafés, pronto. E ajudas a mãe?

F - Sim.

L - E é chato? Quando vens dizes assim “ai que chatice, queria-me ir embora”?

F - Não.

L - E só tiras cafés?

F - Não, também converso.

L - Conversas com quem? Com os outros voluntários?

F - Sim.

L - Já conversaste com alguns doentes que tenham estado cá?

Paula - Com os convidados do Café Memória, costumas conversar?

F - Sim.

L - E não achas aborrecido? Não ficas a pensar, não me apetecia nada estar aqui?

F - Não, é fixe.

L - Porque é que é fixe?

F - Porque eu gosto.

L - Porque é que gostas? A gente gosta de uma coisa, porque nos transmite alguma coisa, não é? Quando nadas, transmite-te a tal liberdade do corpo, não é? Quando falas com uma destas pessoas, o que é que sentes dentro de ti?

F - Às vezes vergonha, outras vezes sinto-me feliz…

L - São muitos sentimentos ao mesmo tempo, não é?

F - Sim.

L - É muito engraçado teres dito que às vezes sentes vergonha, outras vezes sinto-me feliz, porque é exatamente isso o que eu sinto, por exemplo. Não é por teres 10 anos que isso acontece mas para nós é importante saber que aos 10 anos se pode sentir isso. Já houve uma conversa com alguém que te marcasse mais, que ficasses a pensar nessa conversa?

F - Não.

L - Não? Até agora tem sido tudo, como é que eu hei-de dizer, pacífico?

F - Sim.

L - Ok, então e a mãe? O que é que ela faz?

F - O mesmo que eu.

L - O mesmo que tu, serve cafés?

F - Sim.

L - E conversa com as pessoas?

F - Também, muito.

L - Muito? A mãe gosta de conversar, é?

F - Sim.

L - E quando a mãe conversa, o que é que tu achas que faz às outras pessoas? Às vezes quando a gente conversa com os outros irrita-os, outras vezes transmite calma.

F - Pois, transmite muitas emoções.

L - E é uma mãe muito chata?

F - Às vezes.

L - Aquela parte de não querer que tu faças asneiras, não é e jogues até às tantas.

F - Eu não fico a jogar até às tantas.

L- Não?

P - Porque a mãe chata aparece.

L - Graças a Deus. Olha e diz-me uma coisa, tens mais algum amigo que faça trabalho de voluntário?

F - Não.

L - E costumas falar disso com os teus amigos?

F - Às vezes.

L - E o que é que eles dizem?

F - Nada.

L - Não ficam espantados?

F - Não.

L - Não? Não dizem nada.

F - Não.

L - Ficam sem saber o que dizer?

F - Sim.

P - Se calhar nunca fizeram e não sabem o que é voluntariado.

L - Diz-me uma coisa, quando fores ainda maior o que é que quererás ser?

F - Futebolista ou youtuber.

L - Ai minha mãezinha... Sim senhor, fica aí guardado. E agora uma coisa que puxe pela cabecinha, o que é que gostavas de ser sem ser futebolista ou youtuber?

F - Informática.

L - Ok. E gotas muito de vir com a mãe?

F - Claro que sim.

L - Tens de te ir embora porque tens natação, não é?

F - Posso ficar.

(Risos de todos)

P - Agora quer conversar.

L - Ó pá, tu és muito querido, já agora, tens namorada?

F - Não.

L - Nenhuma? Não há assim uma mais engraçadinha?

F - Não.

L - São todas parvas?

F - Às vezes.

L - Ainda estás na fase em que as raparigas são todas parvas.

F - Sim.

L - Pronto, deixa estar filho, deixa estar.

Minha querida, ele veio consigo desde o início, desde que começou a fazer voluntariado?

P - Eu comecei no Café Memória mesmo no início, há seis anos atrás.

F - E eu há cinco.

P - E tu mais ou menos há cinco. Portanto, acho que naquele período inicial, o Francisco estava com curiosidade “Ó Mãe, onde vais?”, “Vou ver a avó ao Café Memória.”, “O que é isso?” e eu lá lhe explicava mas ele não sabia de facto o que era. Depois perguntou-me “Posso ir contigo?” “Podes” e começou a vir, foi a curiosidade que o fez começar.

L - E você porque é que começou a vir?

P - Então, o projeto começou há seis anos atrás e eu comecei mesmo no início do Café Memória. Tive uma sorte, foi uma oportunidade que na empresa onde eu trabalho, associaram-se à Alzheimer Portugal e criaram o Café Memória. Deram oportunidade aos colaboradores e eu, neste caso. Eu já fazia voluntariado antes, já fiz com sem-abrigo e continuo a fazer com crianças. Pronto, surgiu esta oportunidade de fazer com pessoas mais idosas e participei.

L - Qual é a característica que uma pessoa tem que ter para essa apetência para fazer voluntariado?

P - A vontade de se fazer voluntariado eu acho que já surge desde cedo. Eu gosto de ter atenção para com os outros, gosto de os ouvir, sinto empatia quando me contam algo, sinto curiosidade em saber o que fazem, o que são, quais são os interesses que têm, como é que é a sua vida. Naturalmente, tenho estas características. O voluntário é esta coisa maravilhosa de nós termos logo ali uma resposta imediata, interessamo-nos pelas pessoas e vemos que por outro lado surge também um interesse por nós que vem da troca.

L - Mas quando fala quer dos sem-abrigo, por exemplo, quer do Café Memória, deve ser muito difícil ficar com muitas das memórias?

P - Tenho a vantagem de não me ser difícil. Eu acho que faço uma escolha, pela questão da empatia, ouvir a história dos outros claro que nos sensibiliza. Temos histórias que nos comovem mais, há pessoas do Café Memória que pela idade ou pelas circunstâncias da doença vão partindo e isso toca-nos porque são pessoas com quem nós convivemos mas eu faço a escolha de guardar as memórias mais positivas. Faço uma escolha ativa, consciente, de quando estou a ouvir, procurar qual é o reforço positivo que eu posso dar nesta conversa ou qual é o outro lado que eu posso mostrar.

L - Diga-me uma coisa em relação ao seu filho, acha que há aqui uma carga negativa que pode ficar nele, ele conviver com pessoas que vão partir? Ou é o contrário e é uma forma de explicar exatamente o que é a morte, essa passagem para um sitio que não conhecemos?

P - O Francisco já teve essa realidade. Portanto já vivemos na pela, já temos experiências concretas desse facto. Ele apercebe-se que há uma perda, que há uma tristeza e vive essa tristeza mas por outro lado também procura lembrar-se das pessoas e dos momentos positivos que passou com elas. Há uma pessoa especial de quem nós falamos e quando o Francisco fala desse convidado do Café Memória que já partiu, lembra-se das conversas, da forma como ele intervinha, da sua presença ainda lá. Mesmo ele não estando ainda se lembra da sua presença.

L - É muito interessante sabe? Não me lembraria de haver um voluntário como o seu filho e contudo você consegue fazer aquilo que dantes havia quando as famílias tinham hipótese de viver todas juntas nas várias fases da vida e a morte é uma realidade tão poderosa e ao mesmo tempo tão suave como a vida.

P - O Francisco tem essa sorte porque ele ainda vive com bisavós e eu acredito que parte dessa vivência que ele tem desde bebé lhe permite ter também este gosto de conviver com pessoas mais velhas no Café Memória, é que ele de facto conhece e acredito que isso tenha sido, mesmo que subtil, fez com que ele naturalmente se aproximasse de cada um dos convidados e se relacionasse com eles de uma forma muito natural porque ele está habituado a conviver com pessoas mais velhas.

L - Agora para as perguntas inteligentes, vou passar à minha amiga.

Mônica - Paula, faz alguma preparação antes de vir? Estava-me a dizer isto da parte boa?

P - Não.

M - Vem de espírito aberto e vamos ver o que acontece?

P - Sim, de facto faz mesmo parte da vida, não é? Eu às vezes digo, quando analiso a pizza da vida, as várias vertentes da vida que nós temos e que conscientemente, quando pensamos nelas, queremos apostar nelas. Esta parte da solidariedade ou da relação com outros é importante para mim. E isto é mais um elemento que faz parte da minha vida, é um elemento ou uma tarefa ou um hábito que faz parte da minha vida por isso não, não preparo nada.

M - E para me contar uma história? Já que estamos no Café Memória.

P - Quase todas as histórias que nós lá tempos - porque temos muitos momentos em que partilhamos um bocadinho de quem nós somos, da nossa identidade no Café Memória - uns dois ou três momentos por sessão em que o fazemos, em todos eles as pessoas vão-nos mostrando um bocadinho de si. Então há muitas histórias, há muitas curiosidades, há pessoas que conheceram rainhas, temos participantes no Café Memória que estiveram presentes com rainhas. Temos participantes no Café Memória que foram embaixadores e que conheceram pessoas pelo mundo fora e ficamos admiradíssimos quando alguém nos diz “olhe, eu conheci esta pessoa”, ficamos incrédulos mas de certa forma é a magia deste encontro, não é. Porque cada uma daquelas pessoas, voluntários e participantes têm uma história e nos vão contando, não sei. Lembro-me de um participante que adorava declamar poesia e achávamos engraçadíssimo quando ele nos surpreendia, de repente levantava-se e começava a declamar um poema e ficávamos maravilhados ou de ver os participantes a cantarem músicas. Porque apesar das rugas e dos sinais do tempo, são pessoas com uma vivacidade e que no Café Memória transmitem alegria, ficam alegres. Eles de facto podem vir mais sérios, mais calmos, características até da forma como o tempo passa por eles mas ficam com uma vivacidade e com uma alegria quando contam as suas histórias ou quando ouvem música ou quando alguém lhes diz uma curiosidade ou simplesmente quando veem o Frankie não vem em todas as sessões, precisamente pela natação que acontece à mesma hora então eu tento intercalar, vai um fim de semana num mês, não vai outro. E quando ele não está ou quando a irmã não está, porque a irmã também já vem, perguntam “Então, como é que estão os meninos? Eles hoje não vêm?” E vê-se que há uma grande alegria quando eles se lembram de todos nós.

M - E tu Frankie, alguma história, algum momento especial que guardes na tua memória?

F - Não…

P - Assim de alguma atividade que tivesses gostado de fazer, de alguma pessoa que tivesses gostado de ouvir?

F - Não me lembro de nada.

P - Não te lembras de nada? (Risos) Estas câmaras fazem-nos esquecer algumas coisas, não é?

M - E o que é mais difícil neste processo?

P - Eu acho que não serei uma voluntária que consiga dizer muitas dificuldades.

F - Eu também não.

P - Este ritual de acordarmos cedo e irmos para o Café Memória não é muito diferente do nosso ritual do dia-a-dia portanto foi facílimo incorporá-lo. É um momento muito descontraído, é um momento tranquilo de convívio, é um momento em que nós voluntários nos sentimos muito úteis, ao fim ao cabo estamos a servir um café, estamos a proporcionar momentos de conversa, estamos a dar atenção. Por vezes até somos só ouvintes de alguém que quer contar algo que a está a afligir ou que está a preocupar ou uma situação que viveu, uma saudade. Somos ouvintes portanto não é um papel nada difícil, é muito fácil e depois ao fim e ao cabo estamos a relacionar-nos com pessoas, ouvir estas histórias, portanto é muito agradável.

M - Para vocês é também um momento de família, é mais um momento importante do vosso dia-a-dia.

P - Sim, para nós também.

M - Muito obrigada.

P - De nada, foi um gosto.

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